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Existem diversas lesões tumorais que podem se desenvolver nas pálpebras, e cerca de 15 a 20% dessas lesões palpebrais são malignas. Segue a frequência de apresentação de acordo com a literatura mundial:

  • Carcinoma basocelular (CBC) 86 a 96% dos casos
  • Carcinoma espinocelular (CEC) 3,4 a 12,6% dos casos
  • Carcinoma Sebáceo 0,6 a 10,2% dos casos

Melanoma em menos de 1% dos casos. Carcinoma de células de Merkel em menos de 1% dos casos.

Contudo, na Ásia, o carcinoma sebáceo acaba sendo mais frequente do que o carcinoma espinocelular.

O reconhecimento de uma lesão maligna na pálpebra é um desafio, devido à possibilidade de várias apresentações clínicas.

São fatores de risco: a idade avançada, exposição solar intensa, pele clara (Fitzpatrick tipo I – II), exposição a radiação, exposição química (arsênio), imunossupressão, antecedentes pessoais e familiares.

A presença de outras lesões cutâneas podem estar relacionadas ao aparecimento de tumores palpebrais como: Xeroderma Pigmentoso, Síndrome de Gorlin-Goltz, Síndrome de Muir-Torre e no Albinismo. São sinais que corroboram malignidade, a presença de: crostas, margens elevadas, telangiectasias, perda da arquitetura palpebral, perda de cílios, ulceração, superfície infiltrada, irregularidade.

Ao exame, na investigação de uma lesão suspeita, deve-se everter as pálpebras, fazer a palpação dos linfonodos pré-auriculares, submandibulares e cervicais, e medir a lesão. O exame histopatológico é imprescindível. Vale lembrar também, das lesões com potencial de malignidade, como: corno cutâneo, ceratose actínica e ceratoacantoma. Devendo-se ficar atentos ao seu surgimento.

Carcinoma basocelular (CBC): tumor de crescimento lento, pouca chance de acometimento linfático ou metástase, representa entre 72,53 a 96% dos tumores palpebrais malignos. São fatores de risco: idosos e alta exposição aos raios ultravioletas. Localização preferencial: pálpebras inferiores (50-60%), canto medial (25-30%), pálpebra superior (15%) e canto lateral (5%). Exitem vários tipos clínicos de CBC: nodular (sólido), ulcerado, infiltrativo, esclerodermiforme, pigmentado, cístico (adenóide), fibrosante, metatípico. Devido a grande variedade clínica, o exame histopatológico torna-se essencial, para planejar a cirurgia.

Ainda, que a ressecção tenha margens livres, pode ocorrer recorrência da lesão em até 5 anos de seguimento em menos de 1% dos afetados. A recorrência tem maior risco se tipo esclerosante/infiltrativo, envolvimento ósseo ou periósteo, tumor recidivado, tumor de canto medial, tumores grandes. O risco de metástases para linfonodos regionais é de 0,3%, ou seja, extremamente baixo.

Carcinoma espinocelular: representa entre 2-5% dos tumores palpebrais malignos. É mais comum em indivíduos idosos e de pele clara, com antecedente de exposição ultravioleta. Pode ser primário ou se desenvolver a partir de lesões pré-malignas: ceratose actínica, doença de Bowen (carcinoma in situ), xeroderma pigmentoso ou exposição anterior a radioterapia. Pode ser muito agressivo, com grande potencial à invasão orbitária, metastatizar para linfonodos ou sítios distantes, podendo levar a morte.

Carcinoma de células sebáceas: geralmente se origina de uma glândula tarsal. É um tipo de tumor palpebral maligno raro, correspondendo cerca de 2-3% dos casos. É mais comum em mulheres com mais de 70 anos e em pálpebra superior. Metastatiza em 40% dos casos. O aspecto morfológico da lesão é extremamente variável. Pode simular lesões benignas como calázio ou blefaroconjuntivite. Geralmente apresenta coloração amarelada, endurecida à palpação, com perda de cílios no local da lesão.

Melanoma maligno: representa menos de 1% dos tumores palpebrais malignos, podendo ser primário ou secundário, originando-se de lesões melanocíticas pré-malignas. Apresenta pigmentação variável, geralmente escura. Usualmente apresenta margens irregulares, podendo ulcerar ou sangrar. Deve-se ficar alerta ao ABCDE do melanoma, onde observa-se as seguintes condições: Assimetria da lesão, irregularidade das Bordas, variação da Cor, Diâmetro da lesão, Evolução em pouco tempo.

A depender do tipo de tumor, podem ser considerados o uso de tratamento clínico com: imunomoduladores (Imiquimode), tópicos: 5-fluoracil, radioterapia, quimioterapia, vismodegibe (casos irressecáveis, metastáticos). Por outro lado, o tratamento cirúrgico por muitas vezes é mandatório, seguido da reconstrução palpebral.

Quando a cirurgia é indicada?

Nódulo ou lesão palpável na pálpebra

Alterações na cor ou textura da pele palpebral

Ferida que não cicatriza

Sangramento ou secreção na região da pálpebra

Alteração na forma ou função da pálpebra

Por que realizar na Clínica Viviane Barros?

Na Clínica Viviane Barros, você conta com a experiência de uma médica oftalmologista especialista em cirurgia oculoplástica. Aqui, cada paciente é avaliado individualmente, com foco na segurança, naturalidade e bem-estar.

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Dra. Viviane Patrícia Oliveira Barros - Clinica

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