
Blefaroespasmo essencial: trata-se uma distonia focal, caracterizada pelo fechamento palpebral involuntário, espasmódico, bilateral das pálpebras, de início insidioso, podendo cursar com cegueira funcional, comprometendo as atividades diárias. Estão ausentes durante o sono e piora na presença de luz, estresse e fadiga.
Acomete mais mulheres 3M:1M, maiores de 50 anos. Etiologia multifatorial, havendo predisposição genética associada a fatores ambientais. Acredita-se que a origem da alteração está localizada nos gânglios da base, tálamo, cerebelo e córtex.
São doenças relacionadas ao blefaroespasmo essencial: apraxia de abertura palpebral (definida como dificuldade de iniciar a abertura da pálpebra), síndrome de Parkinson, paralisia progressiva supranuclear. Pode ter associação com olho seco, pois acredita-se que o olho seco possa funcionar como “gatilho” para surgimento de blefaroespasmo essencial em pacientes predispostos geneticamente.
Acredita-se também que pacientes com blefaroespasmo essencial parecem: ser tão sensíveis a luz, quanto paciente com enxaqueca (devido a hiperatividade no tálamo); ser mais sensíveis a espectros verde e azul; se beneficiarem com lente de coloração rosa (lente FL-41) que bloqueia a luz visível nestes espectros, visto que com essas lentes foi observado menor taxa de piscar e melhora da fotofobia.
Devido aos espasmos intensos e frequentes, os pacientes podem apresentar dermatocalaze, ptose de supercílio, blefaroptose, frouxidão do tendão cantal, alterações da função lacrimal.
São diagnósticos diferenciais para o blefaroespasmo essencial: blefaroespasmo secundário a olho seco, triquíase, blefarites; uso de medicações neurolépticas, anti-histamínicas, dopaminérgicas; doenças neurológicas como Parkinson, esclerose múltiplas, lesões nos gânglios da base e tálamo; mioquimia palpebral, tique facial; espasmo hemifacial.
- Síndrome de Meige: presença de blefaroespasmo associado a distonia oro-mandibular (espasmo da língua, boca e mandíbula).
- Síndrome de Brueghel: presença de blefaroespasmo associado a espasmos severos da metade inferior da face, músculos da mandíbula e músculos da região cervical.
- Espasmo hemifacial: caracteriza-se pela presença de espasmos tônicos-clônicos dos músculos inervados pelo nervo facial, geralmente unilateral, persistentes durante o sono, acometendo mais mulheres, maiores de 45 anos.
Foi demonstrado que alguns pacientes com espasmo hemifacial apresentam compressão do nervo facial pela artéria basilar ou cerebelar. Assim, em pacientes com história de espasmo hemifacial é importante avaliar exames de imagem como tomografia computadorizada ou ressonância de crânio, de forma a investigar processos expansivos ou alterações vasculares.
Possibilidade de existência do Sinal de Babinski 2 que é a co-contração do músculo orbicular oculi e músculo frontal ipsilateral (observado em cerca de 25% dos pacientes com espasmo hemifacial) sendo uma ação impossível de ser reproduzida voluntariamente. São diagnósticos diferenciais para o espasmo hemifacial: blefaroespasmo essencial, regeneração aberrante pós paralisia facial, discinesias tardias após uso de neurolépticos, tiques, espasmo hemifacial psicogênico.
Espasmo hemifacial psicogênico: idade de início mais precoce, apresentando contrações musculares de acometimento bilateral, com envolvimento facial inferior isolado, ausência do sinal de Babisnki 2, com períodos de flutuação inexplicáveis. O tratamento de primeira escolha tanto para o blefaroespasmo essencial como para o espasmo hemifacial é o uso de toxina botulínica nos músculos afetados, com uma taxa de resposta de 95%. Em casos refratários poderá ser considerado a miectomia, ou mesmo a descompressão microvascular do nervo facial, quando indicado.
Quando a cirurgia é indicada?
Contrações involuntárias dos músculos da face
Espasmos repetitivos nos olhos ou boca
Dificuldade para manter os olhos abertos
Interferência nas atividades diárias e sociais
Desconforto ou dor facial associada aos movimentos involuntários.
Por que realizar na Clínica Viviane Barros?
Na Clínica Viviane Barros, você conta com a experiência de uma médica oftalmologista especialista em cirurgia oculoplástica. Aqui, cada paciente é avaliado individualmente, com foco na segurança, naturalidade e bem-estar.
Você recebe todo o suporte necessário no pré, intra e pós-operatório, além de um kit com medicamentos e cuidados para sua recuperação.
