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Entenda mais sobre ptose palpebral nesse post.
Como saber se é ptose de fato? Quando possui a pálpebra superior baixa. Contudo, é importante ter cuidado no diagnóstico, pois muitas vezes há casos de pseudoptose (não se tratando de ptose verdadeira), comumente observado quando há alteração no tamanho do globo ocular (ex:. microftalmia).
A sua quantificação é feita distando com uma régua o reflexo corneano até a margem palpebral superior, conhecido como DMR1. Outra parâmetro importante que deve ser considerada na avaliação da ptose palpebral, é a medida da função do músculo elevador da pálpebra superior. Sendo: ótima >15-17mm; boa >8mm; regular 5-7mm e fraca <4mm.
Sempre bom lembrar de outras condições que podem cursar com ptose palpebral, como exemplo: a paralisia de terceiro par craniano, onde o paciente apresenta os sinais de midríase pupilar, ptose palpebral e dificuldade na elevação/abaixamento/adução do olho; a síndrome de Horner, onde há a lesão de fibras simpáticas que pode ocorrer desde o hipotálamo até o olho, gerando: miose, ptose palpebral, enoftalmo e anidrose na face.
Devemos também avaliar na propedêutica da ptose: 1) função do músculo frontal, 2) a movimentação dos músculos extrínsecos (ex: uma hipotropia ocular gera uma pseudoptose, e a correção deve ser feita com cirurgia de estrabismo e não de ptose palpebral), 3) fenômeno de Bell, 4) função do músculo orbicular, 5) se há olho seco, 6) presença de lagoftalmo, 7) se há ambliopia quando se trata de crianças, que pode secundária exatamente a privação da visão devido a ptose, 8) teste da fenilefrina, 8) exame pupilar.
Atualmente a classificação da ptose mais comumente utilizada é a de Frueh: 1) miogênica, 2) neurogênica, 3) aponeurótica, 4) mecânica.
A ptose miogênica, engloba a ptose simples congênita, as ptoses associadas a Síndrome da blefarofimose e ao estrabismo, e aquelas relacionadas a miopatias (Oftalmopatia externa progressiva, miopatia mitocondrial, distrofia miotônica, miastenia gravis) e doenças da junção neuromuscular.
A ptose neurogênica está associada a síndrome do III par, a Síndrome de Horner, às sincinesias como na Síndrome de Marcus Gunn e a fibrose congênita dos músculos extraoculares (CCDD).
A ptose aponeurótica é a causa mais frequente no adulto, e em geral, está relacionada ao envelhecimento ou ao ato de coçar muito os olhos.
A ptose mecânica é comumente observada devido a presença de tumores, que com o peso da lesão sobre a pálpebra, faz com que ela caia.